A vivencia da construção de um trabalho com colaboradores é o que estamos experimentando aqui. Liame é assim, um bom modo de nomear algo que é gerúndio.
Fazemos e refletimos, construímos, destruímos, transformamos e reconstruímos a cada encontro e a cada nova leitura.
Estamos agora criando uma oportunidade para sintetizar o que vivemos e observar como construímos um processo e uma obra, se assim podemos chamar um trabalho nos tempos de hoje sem a aura, chamemos então de trabalho!
Estamos revendo a nossa experiencia com o público, reconstruindo a realidade a partir do nosso ponto de vista.
Escolhemos o que é que os relacionamentos humanos proporcionam aos indivíduos que deles participam (ou) são o agente causador! Difícil isto, os relacionamentos só existem porque existimos e só existem no momento em que acontecem! Redundante? Ou qual outra figura de linguagem pode ser citada aqui? Neste momento minhas dúvidas só fazem sentido porque imagino um interlocutor, este, no momento da minha escrita não existe. Preciso de um!
Ao propor a construção de uma instalação coreográfica contando com a colaboração de outros indivíduos para compor esteticamente este espaço eu me relaciono e construo modos de estar e ser no momento.
Vem as dúvidas:
Como estamos construindo estas relações de colaboração entre todos nós?
O que pensamos para este trabalho?
Como projetamos nosso futuro trabalho (obra) e como esta projeção nos influencia para revelar a sua construção?
Porque o processo de criação é tão intenso e caótico?
Será que o final deste processo será revelador de sínteses precisas daquilo que discutimos e das dúvidas nas quais estamos mergulhadas(os)? (Acho que esta pergunta não tem sentido, mas, fica a dúvida!!!!)
Ao contrário do que se espera na contemporaneidade nosso tempo de construção está lento, nosso espaço está reduzido e nosso peso leve. Ou tudo ao contrário, ou tem mais opções que correspondem a um mesmo item e ai sim somos contemporâneas(os)...
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