quinta-feira, 26 de abril de 2012

230412




Estudos de imagens da solidão, a árvore e abraço.
Tudo aconteceu sob o olhar atento do Renato que compartilhou conosco estes momentos bonitos e doloridos.
                                                                          

 


terça-feira, 17 de abril de 2012

170412


Reta final

Depois de um longo período sem notícias, voltamos.Estamos finalizando o trabalho. Passamos por muitos acontecimentos e elaborações sobre o que é trabalhar de modo independente e assumindo todas as decisões sobre o modo de gerenciar o treinamento, a organização do dia de trabalho, o processo de criação, enfim. Neste texto quero compartilhar algumas passagens para também entender pelo que passei.Primeiro fomos para uma sala vazia com a ideia de falar sobre as solidões, dai lemos Sartre e nos unimos, convidamos mais algumas pessoas para essa viagem sem destino, mas com objetivo de montar uma peça de dança. Depois do Sartre descobrimos Freud e vislumbramos nosso assunto: a relação humana; um assunto sem limites. A ideia de duas personagens, mais um vídeo personagem foi sendo modificada conforme íamos desvendando o que queríamos dizer sobre as relações. Descobrimos então que os treinos que fazíamos não nos ajudavam para a criação, redescobrimos nossas aulas com Lucia Lee, nossas experiencias com a coordenação motora e com os sentidos dos nossos corpos, passamos bastante tempo treinando. Junto com o treino nos dávamos ensaios, e deles vieram nossas qualidades de movimento, as cenas e descobrimos que a peça acontece na relação.Tudo o que buscávamos no início: que faríamos apresentações e as reações do público nos daria o caminho para mudança, que falaríamos de relações entre indivíduos, que falaríamos de nós; esta alí.O mais importante, para mim, foi perceber que traçamos um caminho que em princípio, eu pensava, era só 'corporificar'. Se tivesse acontecido assim não teríamos aprendido tanto, pois teríamos copiado fórmulas com as quais já atuamos, e o desafio teria sido outro. O desafio, neste projeto 'Sob o olhar do outro' foi o de viver momentos de incerteza completa, de confiar no que estávamos fazendo, de dar espaço para compreender o caminho que foi percorrido e dai estabelecer parâmetros para dizer o que cabe e o que não cabe na cena, o que tem ou não coerência. Foi o desafio da escuta.Neste tempo contamos com amigos, parceiros, que se dispuseram a conversar com respeito e profissionalismo. E agora contamos novamente com eles, estamos literalmente 'sob os olhares' deles para em relação finalizar a peça que, por princípio, será recriada a cada momento/apresentação, a cada nova relação estabelecida.